fbpx

“Conhecimento Ancestral e Mudança Climática” é o tema do “Sempre um Papo’ com os arqueólogos Eduardo Neves e Francy Baniwa

27 de novembro de 2023

O evento é uma parceria que já dura 18 anos entre o projeto Sempre um Papo e o Sesc SP; a palestra é gratuita e terá mediação de Geni Núñez

O projeto Sempre um Papo e o Sesc SP apresentam o arqueólogo Eduardo Góes Neves e a socióloga e arqueóloga Francy Baniwa, sob a mediação de Geni Núñez, para falar sobre o tema “Conhecimento Ancestral e Mudança Climática”. A ocasião será um convite para a reflexão sobre as possibilidades de se estar no mundo, em meio às mudanças climáticas e impactos negativos da ação humana sobre a Terra, e como os conhecimentos dos povos originários são afetados e lidam com esse momento atual.

Este evento integra uma série de encontros promovida pelo Sesc SP e Sempre um Papo, que reúne escritores indígenas, estudiosos e artistas envolvidos com as lutas dos povos originários para conversar sobre temas que convergem para uma visão mais ampla sobre cultura, natureza, ancestralidade e sustentabilidade, entre outros assuntos. Também participaram do projeto os ativistas e pesquisadores Txai Suruí, Timóteo Tupã Popyguá, Auritha Tabajara, os escritores Ailton Krenak e Márcia Kambeba, o músico Lenine e a atriz Letícia Sabatella. Todos os eventos desta proposta do Sempre Um Papo e do Sesc Vila Mariana contam com propostas de acessibilidade, tanto presencial quanto virtualmente, e estão disponíveis integralmente nos canais do YouTube de ambas as instituições.

O Sempre um Papo com os antropólogos Eduardo Neves e Francy Baniwa acontece no dia 7 de dezembro, quinta-feira, às 19h30, no Auditório do Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana). Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria ou ou em sescsp.org.br/vilamariana.

Eduardo Góes Neves é um dos maiores pesquisadores atuantes na região amazônica nos dias de hoje. Graduado em História pela Universidade de São Paulo, é mestre e doutor em Arqueologia pela Universidade de Indiana e livre-docente pela USP, onde é professor titular. Elaborou o programa do Curso Superior de Tecnologia em Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas. Presidiu a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), entre 2009 e 2011, e compôs a diretoria da Sociedade de Arqueologia Americana (SAA), entre 2011 e 2014. É escritor das obras “Sob os Tempos do Equinócio: 8.000 anos de história na Amazônia Central” e “Arqueologia da Amazônia”.

Francineia Bitencourt Fontes (1986), mais conhecida como Francy Baniwa, de nome de benzimento Hipamaalhe, é do povo Medzeniakonai, também conhecido como Baniwa, pertence ao clã Waliperedakeenai e é nascida na comunidade Wanaliana, ou Assunção, no baixo rio Içana, Terra Indígena Alto Rio Negro, município de São Gabriel da Cachoeira (AM). É mãe, agricultora, antropóloga, escritora, fotógrafa e cineasta, engajada há mais de uma década nas organizações e no movimento indígena desde o Rio Negro. Trabalha e pesquisa nas áreas de etnologia indígena, gênero, agrobiodiversidade, ecologia amazônica, mitologia, conhecimentos tradicionais, fotografia e audiovisual. É graduada em Bacharelado e Licenciatura em Sociologia (2016) pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É mestra em Antropologia Social (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS/MN-UFRJ) e doutoranda na mesma instituição. Foi coordenadora do Departamento de Mulheres Indígenas do Rio Negro da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (DMIN/FOIRN) entre 2014 e 2016. Coordenou o Projeto de Cooperação Técnica Internacional entre a FUNAI e a UNESCO “Salvaguarda do Patrimônio Linguístico e Cultural de Povos Indígenas Transfronteiriços e de Recente Contato na Região Amazônica” intitulado Vida e Arte das Mulheres Baniwa: um olhar de dentro para fora, em 2019 e 2020; e que prossegue em 2023 para qualificar as peças do primeiro acervo indígena da instituição, produzir uma exposição virtual e publicar um catálogo de fotografia e documentários sobre roça, cerâmica e tucum. Atualmente coordena também o projeto ecológico pioneiro de produção de absorventes de pano Amaronai Itá – Kunhaitá Kitiwara, financiado pelo Fundo Indígena do Rio Negro, pelo empoderamento e dignidade menstrual das mulheres do território indígena alto-rio-negrino. No audiovisual, integra o Conselho Curador da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, e é diretora do documentário Kupixá asui peé itá – A roça e seus caminhos (2020). É autora do livro Umbigo do mundo – Hiipana, eeno hiepolekoa: Mitologia, Ritual e Memória Baniwa Waliperedakeenai (2023) junto a seu pai Francisco Fontes, que conta também com desenhos de seu irmão Frank Baniwa, laureado com o 2º lugar do Prêmio Literário Biblioteca Nacional 2023 na categoria de Histórias de Tradição Oral – Prêmio Akuli. É pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Arte, Ritual e Memória (LARMe) e do Núcleo de Antropologia Simétrica (NAnSi) da UFRJ, e do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI) da UFAM.

Geni Núñez é ativista indígena guaraní, psicóloga e escritora. Possui mestrado em Psicologia Social (UFSC) e doutorado no Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (UFSC). É membro da Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos/as (ABIPSI), membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e co-assistente da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).

Sempre um Papo – 37 anos, há 18 com o Sesc SP

Criado em 1986, pelo jornalista Afonso Borges, o “Sempre Um Papo” é reconhecido como um dos programas culturais de maior credibilidade do país. O projeto realiza encontros entre importantes nomes da literatura e personalidades nacionais e internacionais com o público, ao vivo, em auditórios e teatros.

Em sua história, já ultrapassou os limites de Belo Horizonte e chegou a 30 cidades, em oito estados do País, tendo sido realizado também na Espanha e Portugal. Em 37 anos de trabalho, aconteceram mais de 7 mil eventos, que reuniram um público superior a 2 milhões de pessoas. Atua em conjunto com o Sesc SP há 18 anos consecutivos, tendo passado por diversas unidades da instituição.

Serviço:

Sempre Um Papo com Eduardo Góes Neves e Francy Baniwa. Mediação: Geni Núñez.
Dia 7 de dezembro, quinta-feira, às 19h30.
Os ingressos grátis podem ser retirados na bilheteria ou em sescsp.org.br/vilamariana
Local: Auditório do Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana).
Informações: (11) 5080-3000 – www.sempreumpapo.com.br
Informações para a imprensa: imprensa@sempreumpapo.com.br

[fbcomments]